segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Tempos modernos...




A compreensão da infância como um modo de ser criança é muito diferente daquele de um tempo atrás e sua caracterização como uma fase em que as crianças vivem o mundo dos adultos. Por um lado, descrevem as crianças como agitadas, dispersas, ligadas no mundo da TV e internet, sem interesse pelos trabalhos oferecidos em sala de aula e que não aceitam limites, por outro lado, dizem que as coisas legais das crianças são o afeto infantil demonstrado quando um trabalho é legal, o carinho expresso ao aprender algo novo e a alegria das crianças. Enfim, o legal é a relação afetiva e o reconhecimento que se conquista.
Diante disto, as minhas questões passam pela tentativa de entendimento sobre os modos de se viver e pensar na escola atual, a partir da infância, ou melhor, das infâncias. Digo infâncias, uma vez que a categorização de uma infância não nos permite pensar a multiplicidade dos modos de ser criança hoje, mesmo que consideremos que há modos que se repetem de forma mais contundente. A partir disso, pergunto-me sobre quais mudanças ocorreram na forma de se viver e pensar na sociedade e, em decorrência disso, nas escolas contemporâneas? Quais relações há entre as formas de vida propostas na sociedade contemporânea e os modos de ser das crianças? Em que as infâncias da contemporaneidade nos inquietam como professores?

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