A
compreensão da infância como um modo de ser criança é muito diferente daquele
de um tempo atrás e sua caracterização como uma fase em que as crianças vivem o
mundo dos adultos. Por um lado, descrevem as crianças como agitadas, dispersas,
ligadas no mundo da TV e internet, sem interesse pelos trabalhos oferecidos em
sala de aula e que não aceitam limites, por outro lado, dizem que as coisas
legais das crianças são o afeto infantil demonstrado quando um trabalho é
legal, o carinho expresso ao aprender algo novo e a alegria das crianças.
Enfim, o legal é a relação afetiva e o reconhecimento que se conquista.
Diante
disto, as minhas questões passam pela tentativa de entendimento sobre os modos
de se viver e pensar na escola atual, a partir da infância, ou melhor, das
infâncias. Digo infâncias, uma vez que a categorização de uma infância não nos
permite pensar a multiplicidade dos modos de ser criança hoje, mesmo que
consideremos que há modos que se repetem de forma mais contundente. A partir
disso, pergunto-me sobre quais mudanças ocorreram na forma de se viver e pensar
na sociedade e, em decorrência disso, nas escolas contemporâneas? Quais
relações há entre as formas de vida propostas na sociedade contemporânea e os
modos de ser das crianças? Em que as infâncias da contemporaneidade nos
inquietam como professores?
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